Considerando que o amor e o desejo fazem parte da nossa condição humana, podemos entender o enamoramento como sendo a atuação destas duas forças sob o individuo em relação à outra pessoa.
Em nossos tempos, observamos que o amor tem um corpo frágil e com pouca durabilidade. E se compreendermos que o amor sensual, ou seja, o amor que se investe para obter satisfação sexual se extingue logo quando alcança seu objetivo, podemos entender que a liberdade sexual da contemporaneidade tem sido, portanto, um grande fortalecedor para essa falta de continuidade no investimento libidinal em uma mesma pessoa, pois a facilidade de encontrar parceiro que se prestam ao mesmo objetivo acaba por banalizar qualquer vinculo afetivo terno e recíproco. Percebemos, então, que a monogamia transformou-se em um grande dilema, onde, os sujeitos sustentam a crença que não devem abrir mão do prazer pela segurança conjugal.
Os relacionamentos da atualidade tendem a se constituírem por pouco investimento, no entanto, pretendendo um companheirismo forte, que ao mesmo tempo reivindica por sua autonomia.
Resta-nos a seguinte reflexão: como conciliar a liberdade contemporânea e a conjugalidade?
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