quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Como lidar com os filhos e a tecnologia?

Difícil é a tarefa de educar, ninguém pode duvidar disso! A correria do dia a dia, a velocidade das informações, o estresse do transito, as vezes parece que 24 horas não é suficiente se somada as demandas dos filhos. No entanto, não podemos abrir mão, de jeito nenhum, dessa função que estar longe de ser uma vocação.
A função de mãe, de pai ou dos dois ao mesmo tempo englobam algumas atribuições importantes e, não tem colocar um substituto para esse papel, visto que é nessa relação (pais e filhos) que o sujeito se constitui, quer dizer, que é nessa relação primordial que a criança encontrará suporte (ou não) para lidar com os desafios da vida, portanto qualquer falha pode comprometer toda experiencia de vida do sujeito. 
Sei que deixar nossas crianças entregues aos jogos de vídeo-game, canais de seriados, smartphone, tablet ou qualquer tecnologia parece ser a receita perfeita para momentos de sossego, e sim, é verdade. Tais entretenimentos parece magico mesmo, os prende por muito tempo e da pra fazer tudo que queremos sem ser incomodados. Que maravilha! SQN.
Vamos lá, não estou aqui pra marginalizar a tecnologia, pois de fato, as vezes, sim, ela é um bom recurso e, as vezes, não, ela pode ser péssimo!
Como utilizar, então, a tecnologia ao nosso favor, isso é, sem prejudicar nossa relação com os filhos? Cito abaixo, sete tópicos que servirá para uma reflexão, pois, não existe uma receita que possa realmente impedir que um problema aconteça, desse modo, o importa é estar sempre atento as nossas crianças.   

1° - não deixe seu filho isolado por muito tempo, a solidão é traiçoeira, ela chega de mansinho e aos pouco o sujeito vai se acostumando com ele, até que um muro é erguido e o contato fica muto difícil; 
2° - estabeleça tempo para ele usar essas tecnologias;
3° - de tarefas de casa pra ele fazer e cobre os serviços, isso fará com que ele se sinta parte de um contexto, que funciona bem, por conta de sua ajuda;
4°- não se utilize desses entretenimento para deixar seu filho quieto e você poder ficar livre;
5°- converse com seu filho sobre seus personagens preferidos, ouça o que ele tem a dizer, pois essas falar são bastante reveladores; 
6° - convoque seu filho para estar perto de você, demostre prazer em fazer coisas em conjunto;
7°- acompanhe seus estudo, mesmo que você não tenha tempo pra fazer as lições juntos, olhe o seu caderno.

A nossa vida complicada e atarefada não pode dar lugar as concessão, nossas crianças, precisam de ter limites estabelecido. Sei que por muitas das vezes, por estarmos ausente, nos sentimos culpados e, esse sentimento nos faz crer que temos que ceder aos capricho dos nossos filhos, pois é uma forma de tentarmos reparar nossa falta, mas isso é um grande erro que os pais cometem. A maior prova de amor que podemos dar, é não abandona-los em suas próprias vontades, ou seja, um não, é um contorno necessário para demarca-lo no seu espaço. Lembre-se que toda demanda é demanda de amor e nem tudo que pedimos, é o que realmente queremos. 


Sobre a nova PEC 55

Tenho um entendimento bastante otimista a respeito da "PEC do fim do mundo". Pra começo de conversa, não acho que seja do fim do mundo essas medidas que visam controlar gasto. Vamos pensar no caso, onde uma família esteja devendo o banco, devendo o cartão de credito, com contas atrasadas e com poucas perspectivas de aumento de renda, o que se faz? Controla-se os gasto, prioriza o que é mais importante e se corta o que não é prioridade, ou aplicam essas medidas ou vão se atola mais em dividas. Não é?
Bom, o quadro do Brasil não é diferente dessa situação. Nosso país se encontra em meio a um colapso econômico. Temer assumiu nosso país com um grande rombo financeiro, devido a péssima gestão administrativa e fiscal, por conta disso, algumas medidas haveria que ser tomadas.
A PEC 55 prevê limites de gastos do governo, ou seja, o governo não poderá gastar mais do que o previsto no orçamento do ano anterior somado a inflação. Então é assim: se nesse ano o orçamento da saúde foi em 100bilhões, ano que vem será de 100bilhões somado ao que houve de inflação no país.
Pensar que a saúde e a educação perderia com essa medida, é mesmo utopia, pois, para isso, o Brasil teria que arrecadar bem mais do que arrecadou esse ano, o que não é provável.
Na verdade o que acabará, com essa medida, são as farras com o dinheiro publico, pois, com o controle de gasto, haverá que controla melhor os gastos.
Mas ai vocês escutam outros falando (a esquerda): "por que então não se limita o pagamento da divida publica?" (pagar o minimo, como nos cartões de credito). A resposta é simples, pois quando se paga o minimo da divida, ela nunca acaba caso você continua gastando e, os juros vão só aumentando como uma bola de neve até chegar um momento em que você se enforca em contas e nem o minimo conseguirá ser pago.  Ai é a falência!
Lembre-se de uma coisa, não existe dinheiro publico! Existe apenas o dinheiro dos pagantes de impostos e, é nosso dever exigir que ele seja bem empregado.

Com a palavra a Dama de Ferro:


domingo, 11 de dezembro de 2016

O mais-um do cartel (escola lacaniana)

Quero expor nesse texto a cerca do cartel, que funciona como um dispositivo fundamental na escola de Lacan no que se refere a formação do analista.  O cartel é um grupo de estudo, que se distingue dos grupos de estudos acadêmico, pois ao contrario desse ultimo que tem como objetivo coletivizar o saber, unificando os significantes em detrimento de um sentido, o sentido que se pressupõe no cartel é o “nonsense”, o sem-sentido, pois é ele que constitui o ponto de partida para a produção no cartel.
Compartilho com vocês um pequeno recorte a cerca da diretrize  do cartel, que se encontra no site da  champlacanien.net:
O Cartel foi proposto por Lacan como órgão de base de trabalho da Escola sobre a psicanálise. Trata-se de um pequeno grupo de quatro pessoas (eventualmente 3 ou 5), mais uma, eleita pelos quatro, encarregada de sustentar o trabalho variado de cada um e velar pelo seu término. 
O objetivo é duplo: em primeiro lugar favorecer para cada um, em sua própria medida, o esforço para pensar ativamente a psicanálise, sua teoria e sua prática, com a finalidade de não permanecer na posição de consumidor de textos e de diversos ensinos. Ainda que estes façam parte integrante da formação, não são suficientes. Por consequência, permitir que as elaborações individuais, abertas a todas as errâncias no isolamento, se confrontem no trabalho em comum, com outros; e basta um pequeno número para que cada um ali esteja em seu próprio nome, e que ali seja possível uma efetiva "transferência de trabalho".
A compreensão do cartel se torna ainda mais difícil quando tratamos da função do mais-um. O mais-um é um elemento que pertence ao conjunto, tendo a função de constituí-lo e fazê-lo funcionar. Podemos pensa-lo pela formula borromeana do cartel: X + 1, em que ao se retirar o +1 do nó borromeano se obtém a individualização completa dos elementos. Sendo assim, não existe uma homogeneização dos elementos, cada condição se conta e se fundamenta uma a uma, cada qual sendo considerada individualmente e em relação a outra. 
Não podemos de maneira nenhuma supor o mais-um como o Outro do saber, visto que essa suposição invalidaria a invenção esperada de cada Um. O mais-um é simplesmente um a mais, um lembre de estrutura. Cito Dominique Fingermann
Presentificação, incarnação da falta: objeto a pode muito bem escrever este ponto do grupo incarnado pelo Mais-um, e ao qual cada um se identifica como a causa do funcionamento deste laço peculiar. O Mais-um também figura o conjunto vazio, enquanto é elemento, mais um, de qualquer conjunto. É assim que a função do Mais-um, antepara o recurso ao Discurso do Mestre e proporciona o trabalho de invenção de cada um.
Portanto, o mais-um como menos-um é aquele que descompleta, que aponta para a falta, e que esta submetido à logica do não-todo. O mais-um que mantem vazio o lugar de objeto, para manter vivo o desejo de saber.



Educação e trabalho reflexo da desigualdade racial.

Recentemente fui convidada para uma mesa de debate da comissão de igualdade racial na OAB. Tive a oportunidade de falar sobre o racismo  na perspectiva da psicanalise e, é interessante pois a psicanalise tem muito a dizer sobre o tema, mas eu tinha pouco tempo... (angustia).
Os números foram exposto no dia e, os negros no Brasil, ainda que represente uma quantia significativa, eles só aparecem em proporção maior nas estatísticas nos crimes, presídios e violência sofrida.
No entanto, minha fala, ressalta que na psicanalise as contas, os números e estatísticas são sempre a mesma: um. Trabalhamos com a singularidade e portando é na escuta clinica que podemos nos autorizar a falar dos racismos. O tratamento analítico possibilita o sujeito a falar de sua experiencia e através do seus relato romper com o que o mantinha alienado no outro. O sujeito ao se implicar nas suas escolhas, mesmo que feita inconscientemente, tem a oportunidade de sair de uma posição pacifica e enfrentar suas lutas de igual para igual.
Concluo com Nietzsche.
"Há para o vivo muitas coisas que ele estima mais alto que a própria vida, mas, nessa mesma estima, o que fala é a vontade de potência.[...]
O silêncio é pior. As verdades que calamos tornam-se venenosas.
Falemos dessas coisas, sábios insignes, apesar de vos desagradar.
E que importa se tudo o que é frágil venha a quebrar-se contra nossas verdades? Há tantas mansões por construir ainda!".
   

Atualizando...

Vasculhando encontrei um antigo blog...
Meu Deus...
Confesso que não fiquei tão desapontada com meus escritos, mas percebi que alguns pensamentos estão bem mais elaborados hoje, afinal se passarem sete anos desde o ultimo post. Não me lembro o motivo de ter esquecido por tanto tempo esse blog, mas como nunca é tarde, resolvi retoma-lo.
Aconteceram algumas mudanças importantes na minha vida, entre elas posso destacar três:

  1. tive mais um filho, dessa vez uma menina.
  2. concluir uma especialização e atualmente estou cursando o mestrado.
  3. mudei de cidade.
A partir das minhas experiencias como mãe, esposa e psicanalista, pretendo dar um novo sentido a esse antigo blog, trazendo para os leitores não só questões e textos de cunho psicológicos, mas abordar de forma mais autentica qualquer assunto. 
Também não tenho intensão de assiduidade, pois quero ter a liberdade de escrever quando bem quiser. Não quero me preocupar em escrever bonito, mas quero sempre a minha verdade. Enfim, caminharei por esse espaço.