Nas entrelinhas da psicanalise.
Escritos de uma mulher, mãe, esposa e psicanalista a respeito de qualquer coisa...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Sobre o autismo.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Como lidar com os filhos e a tecnologia?
Sobre a nova PEC 55
Bom, o quadro do Brasil não é diferente dessa situação. Nosso país se encontra em meio a um colapso econômico. Temer assumiu nosso país com um grande rombo financeiro, devido a péssima gestão administrativa e fiscal, por conta disso, algumas medidas haveria que ser tomadas.
A PEC 55 prevê limites de gastos do governo, ou seja, o governo não poderá gastar mais do que o previsto no orçamento do ano anterior somado a inflação. Então é assim: se nesse ano o orçamento da saúde foi em 100bilhões, ano que vem será de 100bilhões somado ao que houve de inflação no país.
Pensar que a saúde e a educação perderia com essa medida, é mesmo utopia, pois, para isso, o Brasil teria que arrecadar bem mais do que arrecadou esse ano, o que não é provável.
Na verdade o que acabará, com essa medida, são as farras com o dinheiro publico, pois, com o controle de gasto, haverá que controla melhor os gastos.
Mas ai vocês escutam outros falando (a esquerda): "por que então não se limita o pagamento da divida publica?" (pagar o minimo, como nos cartões de credito). A resposta é simples, pois quando se paga o minimo da divida, ela nunca acaba caso você continua gastando e, os juros vão só aumentando como uma bola de neve até chegar um momento em que você se enforca em contas e nem o minimo conseguirá ser pago. Ai é a falência!
Lembre-se de uma coisa, não existe dinheiro publico! Existe apenas o dinheiro dos pagantes de impostos e, é nosso dever exigir que ele seja bem empregado.
Com a palavra a Dama de Ferro:
domingo, 11 de dezembro de 2016
O mais-um do cartel (escola lacaniana)
O Cartel foi proposto por Lacan como órgão de base de trabalho da Escola sobre a psicanálise. Trata-se de um pequeno grupo de quatro pessoas (eventualmente 3 ou 5), mais uma, eleita pelos quatro, encarregada de sustentar o trabalho variado de cada um e velar pelo seu término.
O objetivo é duplo: em primeiro lugar favorecer para cada um, em sua própria medida, o esforço para pensar ativamente a psicanálise, sua teoria e sua prática, com a finalidade de não permanecer na posição de consumidor de textos e de diversos ensinos. Ainda que estes façam parte integrante da formação, não são suficientes. Por consequência, permitir que as elaborações individuais, abertas a todas as errâncias no isolamento, se confrontem no trabalho em comum, com outros; e basta um pequeno número para que cada um ali esteja em seu próprio nome, e que ali seja possível uma efetiva "transferência de trabalho".
Presentificação, incarnação da falta: objeto a pode muito bem escrever este ponto do grupo incarnado pelo Mais-um, e ao qual cada um se identifica como a causa do funcionamento deste laço peculiar. O Mais-um também figura o conjunto vazio, enquanto é elemento, mais um, de qualquer conjunto. É assim que a função do Mais-um, antepara o recurso ao Discurso do Mestre e proporciona o trabalho de invenção de cada um.Portanto, o mais-um como menos-um é aquele que descompleta, que aponta para a falta, e que esta submetido à logica do não-todo. O mais-um que mantem vazio o lugar de objeto, para manter vivo o desejo de saber.
Educação e trabalho reflexo da desigualdade racial.
Os números foram exposto no dia e, os negros no Brasil, ainda que represente uma quantia significativa, eles só aparecem em proporção maior nas estatísticas nos crimes, presídios e violência sofrida.
No entanto, minha fala, ressalta que na psicanalise as contas, os números e estatísticas são sempre a mesma: um. Trabalhamos com a singularidade e portando é na escuta clinica que podemos nos autorizar a falar dos racismos. O tratamento analítico possibilita o sujeito a falar de sua experiencia e através do seus relato romper com o que o mantinha alienado no outro. O sujeito ao se implicar nas suas escolhas, mesmo que feita inconscientemente, tem a oportunidade de sair de uma posição pacifica e enfrentar suas lutas de igual para igual.
Concluo com Nietzsche.
"Há para o vivo muitas coisas que ele estima mais alto que a própria vida, mas, nessa mesma estima, o que fala é a vontade de potência.[...]
O silêncio é pior. As verdades que calamos tornam-se venenosas.
Falemos dessas coisas, sábios insignes, apesar de vos desagradar.
E que importa se tudo o que é frágil venha a quebrar-se contra nossas verdades? Há tantas mansões por construir ainda!".
Atualizando...
Meu Deus...
Confesso que não fiquei tão desapontada com meus escritos, mas percebi que alguns pensamentos estão bem mais elaborados hoje, afinal se passarem sete anos desde o ultimo post. Não me lembro o motivo de ter esquecido por tanto tempo esse blog, mas como nunca é tarde, resolvi retoma-lo.
Aconteceram algumas mudanças importantes na minha vida, entre elas posso destacar três:
- tive mais um filho, dessa vez uma menina.
- concluir uma especialização e atualmente estou cursando o mestrado.
- mudei de cidade.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Crianças na cama com os pais
Há muitos relatos de pais que passam pelo mesmo dilema com seus filhos na hora de ir dormir, contam que sua criança chora, perde o sono e só para quando colocada para dormir na cama junto com o casal.
Uns dos motivos pelo quais, pode haver essa ocorrência é que toda criança possui uma capacidade enorme de fantasiar, e desde os primeiros meses de vida, a mente do bebê, já funciona em pleno vapor, portanto, as crenças na onipotência de seus pensamentos estão muito fortalecidas, pois nesse momento eles são nada menos que, “vossa majestade o bebê”, onde, “Sabemos que o mundo estava lá antes do bebê, mas o bebê não sabe disso, e no início tem a ilusão de que o que ele encontra foi por ele criado”(Winnicott). Por conta disso, dormir pode representar um momento muito doloroso e ameaçador, onde, seus medos e inseguranças lhes são apresentadas através de monstros assustadores que se escondem debaixo da cama e dentro dos armários. Medos que se justificam em verdade, pelo fato de este ser o momento em que se separam de seus pais, e logo vem o temor de perdê-los, e até mesmo, dormir, pode estar vinculado à fantasia da morte, pois muito atrelam a morte com um sono que não acordam mais. Então, para afugentar-se de todos os seus temores, nada melhor que o aconchego da cama de seus pais.
O melhor caminho para evitar esse acontecimento, é estabelecer desde o nascimento do bebê uma rotina, na qual, de a ele a sensação de continuidade, pois através de uma seqüência de atividade que lhe for oferecido, (hora de mamar, hora do banho, hora do soninho, etc...) ele começará a se conectar com o mundo externo, dando-lhe mais confiança, pois, não será surpreendido a cada dia por situações diferente. Estabelecer uma rotina desde cedo na vida de uma criança, contribuirá para o fortalecimento do seu Ego.