domingo, 11 de dezembro de 2016

Educação e trabalho reflexo da desigualdade racial.

Recentemente fui convidada para uma mesa de debate da comissão de igualdade racial na OAB. Tive a oportunidade de falar sobre o racismo  na perspectiva da psicanalise e, é interessante pois a psicanalise tem muito a dizer sobre o tema, mas eu tinha pouco tempo... (angustia).
Os números foram exposto no dia e, os negros no Brasil, ainda que represente uma quantia significativa, eles só aparecem em proporção maior nas estatísticas nos crimes, presídios e violência sofrida.
No entanto, minha fala, ressalta que na psicanalise as contas, os números e estatísticas são sempre a mesma: um. Trabalhamos com a singularidade e portando é na escuta clinica que podemos nos autorizar a falar dos racismos. O tratamento analítico possibilita o sujeito a falar de sua experiencia e através do seus relato romper com o que o mantinha alienado no outro. O sujeito ao se implicar nas suas escolhas, mesmo que feita inconscientemente, tem a oportunidade de sair de uma posição pacifica e enfrentar suas lutas de igual para igual.
Concluo com Nietzsche.
"Há para o vivo muitas coisas que ele estima mais alto que a própria vida, mas, nessa mesma estima, o que fala é a vontade de potência.[...]
O silêncio é pior. As verdades que calamos tornam-se venenosas.
Falemos dessas coisas, sábios insignes, apesar de vos desagradar.
E que importa se tudo o que é frágil venha a quebrar-se contra nossas verdades? Há tantas mansões por construir ainda!".
   

Nenhum comentário:

Postar um comentário